A Juíza Dayse Mara Silveira Baltazar, após mais de 8 horas de julgamento com júri popular, realizado hoje 6/6, na 1ª Vara Criminal da Comarca de Ponte Nova, sentenciou Gilmária Silva Patrocínio, de 33 anos, por assassinar Patrícia Xavier da Silva, de 21 anos, em 26 de junho de 2015. Ela foi condenada a cumprir 34 anos, um mês e 23 dias de reclusão em regime fechado sem o direito de responder em liberdade.
Relembre o Caso:
O crime que chocou todo o país ocorreu no final de junho de 2015, quando Patrícia que estava grávida de nove meses e próximo do dia de seu parto, desapareceu ao ir para uma consulta no Hospital Nossa Senhora das Dores. Após 4 dias, o corpo de Patrícia foi localizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros durante as buscas, em um imóvel abandonado onde funcionava a lavanderia do Hospital Arnaldo Gavazza, no Bairro Vale Verde.
O corpo da jovem estava embaixo de uma caixa d’água de amianto, com os braços e pernas amarrados por uma fita adesiva, boca e olhos também tampados com o mesmo material e com um corte na região do abdômen e perfuração no pescoço, já sem o filho em seu ventre. Durante as investigações Gilmária foi detida no dia 1º de julho e confessou o crime, afirmando ter cometido o mesmo pois havia informado para seu companheiro que estava grávida.
Gilmária permaneceu calada durante quase todo o julgamento, e em poucas palavras negou o seus depoimentos prestados na polícia e também em juízo. Também negou ter cometido o crime afirmando que " A gente se arrepende daquilo que fez, não daquilo que não fez", alegando também que sua família foi ameaçada caso ela falasse algo. Em entrevista a nossa equipe de reportagens a mãe de Gilmária disse não acreditar que a filha tenha cometido o crime sozinha, e caso ela tenha cometido tal ato ela é um monstro. Tem outra pessoa por trás disso, disse a mãe da acusada afirmando que a filha estaria sofrendo ameaças caso ela relatasse durante o julgamento o nome dos demais envolvidos.
Já a senhora Ivânea, mãe da jovem Patrícia, disse ter perdoado Gilmária pelo que ela fez com sua filha, mas que ela tem que pagar pelo crime que cometeu. “É muito triste reviver tudo que aconteceu, é como se fosse aquele dia. Eu vejo meu neto e lembro que a mãe poderia estar aqui com ele, mas Deus tem me dado forças", concluiu.
Após a leitura da sentença feita pela juíza, o público formado de pessoas da comunidade, familiares de Patrícia e também por estudantes de Direito, aplaudiu a decisão que condenou Gilmária em todos os crimes 5 crimes que ela responde sendo eles: Subtração de incapazes, periclitação da saúde e da vida do recém-nascido, registro de filho alheio como próprio, homicídio e ocultação de cadáver.
FONTE: JORNAL LISTÃO
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