terça-feira, 12 de setembro de 2017

PADRE LUIZ CARLOS DOS SANTOS - PADRE LUIZINHO



Luiz Carlos dos Santos, popularmente chamado de Luizinho desde criança, nasceu no dia 24 de Janeiro de 1957 na cidade de Barão de Cocais - MG. Filho de João José dos Santos, conhecido como José Calazans, motorista e Dona Lilice Vieira dos Santos, do lar.

Seus pais casaram-se em 22 de Julho de 1954, Dona Lilice com 16 e o Sr. João com 31. Desse casamento nasceram 11 filhos, sobrevivendo apenas quatro: Luiz Carlos dos Santos, Vilma Vieira dos Santos, Carlos Antônio dos Santos e Roberto Mauro Vieira dos Santos. Não podemos deixar de mencionar o nome de Ana Paula Vieira que é sua irmã advinda do segundo relacionamento de sua mãe. Afinal tratava-se de uma época onde os recursos da medicina ainda eram bastante escassos diante dos imprevistos da vida. Vindo de uma família simples, Padre Luizinho sempre manifestou a vontade de ser padre e, apesar de enfrentar algumas privações, estava ligado à vida social onde morava. Formou-se aos 19 anos em Técnico em Contabilidade, começando o curso no Ginásio Ruy Barbosa e concluindo na Escola Estadual Gercina Roscoe. Escola esta lembrada por sua disciplina rígida em Barão de Cocais.

Filho de pais guerreiros, sua família sempre lutou para oferecer aos filhos uma vida decente. Mas até a sua formação escolar, Padre Luizinho passou por muitas provações: Viu seu pai ficar desempregado e sua mãe lutar para que seus direitos fossem reconhecidos na justiça por ter sido demitido injustamente. Por morar em uma casa alugada, Dona Lilice encontrou nesta indenização a solução para um dos seus sonhos: A compra de uma casa. No entanto, seu esposo, o Sr. João, usou a quantia ganha para a aquisição de um bar, deixando sua família chateada com esta decisão. E com a compra do estabelecimento veio também uma tragédia: seu pai foi assassinado em 18 de Novembro de 1967 dentro do próprio bar e o responsável por sua morte punido apenas com 1 ano e 7 meses de prisão.

Diante dessa condição, Padre Luizinho, por ser o filho mais velho, viu-se perante uma situação na qual deveria aprender a conviver e seu sonho de servir a Deus e a Maria precisou ser adiado.

Chegou a ser reprovado três vezes na escola, não por não gostar de estudar, mas porque frequentava as aulas somente por causa da merenda, sem contar no trauma causado pela morte de seu pai. Mas mesmo com toda desestrutura não se deixou abater, seguiu em frente, pois sabia que um dia as coisas melhorariam. Pensou também em ser marinheiro ou trabalhar na televisão, mas devido à morte de seu pai, precisava ajudar sua família.

E assim aconteceu! Padre Luizinho, mesmo criança, vendia pelas ruas picolés e salgados para Dona Zita, trabalhou na loja do Sr. Romeu (Casa Edson), limpou piscina, foi jardineiro e também baby-sitter dos filhos de Marco Antônio Fábregas (Gerente Administrativo da CIMETAL) e Simone Fábregas. 
Foi também trocador de ônibus e trabalhou em um bar chamado Columbia, onde ganhava como pagamento um botijão de gás por mês. Nesse bar havia 15 quartos onde deveria limpar todos os dias. Um dia ele encontrou 800 cruzeiros e por segurança levou para casa, afinal como limpava todos os quartos, sabia também quem eram os hóspedes. Quando o hóspede voltou, Padre Luizinho devolveu o dinheiro e, como recompensa por sua honestidade, ganhou seu primeiro emprego registrado na COBAL (COMPANHIA BRASILEIRA DE ALIMENTOS).

Depois de algum tempo, a empresa fechou e acabou ficando desempregado por dois meses, mas conseguiu uma nova oportunidade na CIMETAL, em Dezembro de 1974, onde trabalhou em diversas funções: Auxiliar de Escritório de Fundição na Aciaria, Auxiliar de Almoxarifado, Auxiliar em Contabilidade. Era um momento delicado, pois a CIMETAL enfrentava um período de greves, deixando assim, seus funcionários sem receber.

Diante dessa situação, várias pessoas foram demitidas e Padre Luizinho foi desligado em Junho de 1989. Mas devido ao seu desempenho foi contratado na área contábil por Williams Brilhante de Albuquerque da empresa COSIGUA, por cinco anos, começando no mesmo ano em que foi desligado da CIMETAL.

Mesmo trabalhando e tendo a vida normal de um jovem, carregava dentro de si uma angústia… sentia que lhe faltava algo. Nunca abandonou a Igreja, pois vivia uma fé concreta. Sempre muito humano, era questionado por pensar nas pessoas menos favorecidas e defender os injustiçados. Exemplo disso foi que, antes da GERDAU assumir a CIMETAL, Padre Luizinho pediu ao Pároco da cidade para que o deixasse, juntamente com alguns devotos, fazer uma visita levando a imagem de Nossa Senhora (seu anjo da guarda) a todas as comunidades da Paróquia São João Batista e no dia em que a imagem de Nossa Senhora visitou a CIMETAL,  esta empresa foi vendida para a GERDAU. Enfim, um dom que aflorava cada dia mais.

E assim Padre Luizinho dedicava sua vida aos grupos de jovens, palestras, coral, trabalho, chegando a ser Ministro da Eucaristia após Padre Saraiva pedir para que ele decidisse o que realmente queria seguir: Ter uma vida dividida entre suas diversas funções ou se tornar de fato um leigo engajado, defendendo suas crenças e principalmente a fé e os valores do Evangelho.

Em 1994 entrou para o Seminário, sendo conduzido pelo Padre Marco Antônio Mapa e apresentado a Dom Luciano Mendes de Almeida que o admitiu no Seminário sem precisar fazer o estágio de um ano devido a sua idade (37 anos) e por sua experiência de vida. A partir daí passou sete anos no Seminário, deixando sua família e começando uma nova jornada. Sentiu saudades, mas também a certeza que Deus não o desampararia.

Seguindo o chamado de Deus, pastorou várias comunidades como: Antônio Pereira onde fez o estágio pastoral e estudou (1994 a 1995), Mariana (1995 a 1997) nas comunidades Sumidouro e Confidentes, Amparo do Serra (1998 a 2000). Em 15 de Agosto de 2000 foi ordenado diácono juntamente com mais três irmãos de caminhada: Padre José Afonso, Padre Edmar e Padre Wenderson.

Foi ordenado Padre no dia nove de Junho de 2001 em Barão de Cocais, contando com a participação de aproximadamente 3500 pessoas no Jabaquara Esporte Clube, lugar que, na sua juventude, ajudou a fundar.

Trabalhou como Administrador Paroquial em Capela Nova de Março até Junho 2001 e a partir de nove de Junho do mesmo ano continuou como Pároco da Capela Nossa Senhora das Dores por aproximadamente quatro anos. Seu principal desafio foi evangelizar a comunidade, mostrando a todos os fiéis que “para ser cristão é preciso quebrar as amarras que impedem de fazer comunhão. Ou seja, é necessário vencer as diferenças políticas, humanizar os relacionamentos e anunciar ao povo através das homilias contextualizadas, revelando que Deus é Pai de todos nós e que nós somos irmãos de caminhada”. E com ajuda do povo conseguiu reivindicar neste local a construção de uma capela velório que era o grande sonho da população, gerando conflito com as lideranças políticas do local, mas acima de tudo tentando demonstrar naquela comunidade que “quando há união em uma luta, a vitória pode ser alcançada. E o que mais dificulta o trabalho pastoral é quando lideranças cristãs valorizam mais o poder e o ter em detrimento do povo que sofre”. E o resultado do seu esforço, foi deixar naquela Paróquia, inúmeros fiéis amigos que o ajudaram a vencer todas as dificuldades, estruturando as comunidades, organizando as pastorais e acolhendo em suas casas como um sacerdote. Segundo Padre Luizinho, “juntos tiveram muitas conquistas, juntos choraram, mas juntos venceram, pois o que venceu foi o amor”.

Após o encerramento de sua missão como Pároco da Capela Nossa Senhora das Dores, Padre Luizinho tomou posse em Urucânia em 30 de Junho de 2005, ficando responsável pela Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso. Receoso, mas ao mesmo tempo consciente da necessidade de trabalhar para conquistar o povo da cidade baseado nos princípios e valores de Jesus Cristo e no amor de Maria.

Sabia da religiosidade do município e um dos seus desejos era reavivar o espírito de Padre Antônio Ribeiro Pinto em Urucânia juntamente com seus habitantes, romeiros e turistas. Afinal, Padre Antônio foi um homem que moveu e ainda move muitas famílias realizando curas físicas, espirituais e psíquicas mesmo após a sua morte através de uma fé incondicional por intercessão da Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças. Diante dessa realidade sentiu necessidade de pensar nos eventos, desenvolver ainda mais a fé e a cultura. Em cada ano que se passava, o número de religiosos crescia em nome da fé. A festa da Novena de Nossa Senhora das Graças que acontece todos os anos no período de 18 a 27 de Novembro, transformava a cidade, pois recebia devotos de todos os lugares do país.

Sempre preocupado com o bem-estar da população, Padre Luizinho percebeu a necessidade de reparar, restaurar e construir locais que pudessem trazer conforto a todos. Restaurou o porão da Casa Paroquial transformando em uma cozinha equipada para preparar as misturas e os xaropes doados à população pela Pastoral da Criança, restaurou também as salas de catequese para ensinar as crianças e jovens o verdadeiro significado da doutrina cristã e os mistérios da fé, reformou provisoriamente a Casa Paroquial, restaurou os bancos, a Capela do Santíssimo, o Salão Paroquial da Igreja, mudou os escritórios paroquiais para atender melhor a comunidade.

Mas seus sonhos eram ainda mais audaciosos. Um deles foi a construção do Mirante, localizado na parte superior do Santuário. Para concretização desse sonho, Padre Luizinho sempre pedia a Nossa Senhora para lhe dar uma luz e o intuir de como esta construção pudesse ser feita. E assim aconteceu: A partir da observação dos seus braços Padre Luizinho visualizou as rampas e o centro seria a capela. Pediu ajuda a uma arquiteta chamada Ângela que, prontamente, esboçou o que o tinha imaginado e assim a história começou. Em 2002, quando a Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso ainda estava sob os cuidados do Padre Luiz Carlos Ferreira, inaugurou-se um monumento religioso: A imagem de Nossa Senhora das Graças, esculpida em pedra-sabão pelo artista Marcos Antônio Sales, de Cachoeira do Campo – MG, a pedido de Bernardino Alves Mayrink (Didino), que cuidou do Padre Antônio.

A obra do “Mirante” iniciou-se em Julho de 2007 e foi finalizada em Julho do ano seguinte. O monumento foi abençoado por Padre Luizinho no dia 22 de Julho de 2008 - data de morte do Padre Antônio Pinto.

Vários foram os benfeitores: O terreno para colocar a imagem de Nossa Senhora das Graças e, posteriormente, construir a capela foi doado por seus respectivos donos: Jáder Silvio de Araújo e Vilma Miriam Pereira Giardini, onde cada um doou metade. O Poder Público local cedeu a terraplanagem e o calçamento, como estava no projeto. Já para a realização da obra, Padre Luizinho contou com a ajuda dos romeiros, turistas e principalmente comunidade. Enfim, mais uma vez a união prevaleceu. Mas todos sabem que uma obra como o “Mirante” requer muito dinheiro. E um detalhe curioso é que, mais uma vez, Padre Luizinho não foi desamparado nem por seus fiéis e nem por Deus.

Prova disso, foi que na Semana Santa, antes de apresentar o projeto arquitetônico ao Prefeito, veio um senhor de São Paulo chamado João Sandoval visitar nossa Paróquia. Procurando o Padre antes de iniciar a missa, pediu para que ele abrisse o Santuário para que ali pudesse cumprir uma promessa. No mesmo instante, Padre Luizinho perguntou se ele poderia participar da Missa e da Procissão dos Passos e que logo em seguida abriria o Santuário para ele. Ele participou da Missa, da Procissão e ,logo após, o Padre foi para Casa Paroquial e comentou com sua mãe que tinha um senhor o aguardando para pagar uma promessa. No entanto sua mãe o questionou: “Como você vai abrir o Santuário às 21h30min para um desconhecido? E se for uma pessoa querendo roubar a imagem da Nossa Senhora das Graças?” Padre Luizinho simplesmente respondeu: Não vejo nele uma pessoa do mal e sim uma pessoa do bem. Para a surpresa do Padre estava o senhor na porta com uma caminhonete cabine dupla, fazendo assim, com que o padre também ficasse em dúvida. Entrou no carro e, para sua surpresa, tinha o motorista que era o genro do senhor João e a sua filha Maria das Graças.

Quando chegaram ao Santuário, acenderam as luzes e aquele homem marcado pela idade prostrou-se de joelhos aos pés de Nossa Senhora das Graças, demonstrando que algo em sua vida havia acontecido e, muito emocionado, agradecia simultaneamente a Maria e a Deus por ter aberto para ele aquele lugar sagrado. Depois ele questionou: “Padre Luiz, o que o senhor pretende fazer nesse Santuário?” O Padre disse: “Tenho tantos sonhos que não sei por onde começar. Mas uma coisa lhe garanto, vou fazer uma capela lá em cima”. Em seguida, o senhor informou-lhe que daria uma contribuição de dois salários mínimos e o Padre agradeceu a gentileza. O Sr. João preencheu um cheque e colocou no bolso de Padre Luizinho que não conteve a curiosidade e o retirou do bolso percebendo que não estava nominal à Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, mas segundo o Sr. João, ele deveria usá-lo para a Campanha da Fraternidade ou para ajudar no Santuário.

Diante desse ocorrido, Padre Luizinho ficou muito envergonhado por ter pensado sobre sua visita e contou para ele o que havia pensado a seu respeito e pediu-lhe perdão por isso. No entanto, o Sr. João pediu para conhecer Dona Lilice e ao encontrá-la parabenizou-a, afinal, vivemos em uma época onde a violência não bate à porta, mas entra sem bater. Logo em seguida tomaram um delicioso café.
Passados dois meses, sua filha Maria das Graças ligou informando que seu pai tinha depositado na conta da Paróquia uma quantia no valor de 60 mil reais para ajudar em alguma obra social em Urucânia, dois meses depois ele doou mais 40 mil reais, demonstrando tamanha generosidade para com os outros. E assim a obra do Mirante pode ser concluída.

E as doações não pararam por aí: Outra colaboradora foi Lídia Campos que não mediu esforços para conseguir com amigos a jardinagem ao redor da construção e José Cupertino Campos colaborando com a iluminação externa do local.

Terminada a obra, Urucânia começou a vivenciar outras realidades: A reforma do telhado do Santuário, a construção da Capela do Cristo e também a reforma do bar. Investiu também no telhado do Museu Padre Antônio Ribeiro Pinto, demoliu uma casa para fazer um galpão para acolher os devotos e ser usada também para os ensinamentos da catequese. Construiu o segundo andar da casa paroquial reestruturando a obra com a finalidade de acolher os padres e visitantes.

Outro grande desafio iniciado em Outubro de 2010, foi a construção de uma obra nos arredores do Santuário para atender os fieis, totalizando em 972m² de área, sendo o primeiro andar equipado com banheiros femininos e masculinos, lanchonete e cozinha industrial; o segundo andar contando com 10 suítes com cozinha e sala de recepção e no terceiro andar uma área para a realização de eventos. Mas, por se tratar de uma obra cara, requereu mais recursos e Padre Luizinho a deixou com cobertura e parcialmente rebocada.

Por se preocupar também com as outras localidades das quais é responsável, construiu em Cardosos, distrito de Urucânia, quatro salas de catequese, uma cozinha industrial e dois banheiros com apoio da comunidade, da Paróquia e de João Campos que doou o piso.
Foram feitas também reformas nos seguintes locais: Córrego dos Barros, duas reformas na Igreja Matriz de Cardosos - com cobertura e pintura da Igreja, além do telhado colonial. Ajudou na construção da Capela da comunidade Vista Alegre, Capela de Bandeiras, Capela da comunidade Ponte Queimada, Centro Comunitário da Parada Paulista, sendo todas as coberturas de telhado colonial.

Nunca se esquecendo da importância de se cuidar da espiritualidade, Padre Luizinho começou a celebrar, em Urucânia, a Missa de Cura e Libertação a pedido da Renovação Carismática, mas, no entanto, jamais pensou na proporção que esta missa tomaria. Pessoas de todos os lugares vinham para participar desse momento de renovação espiritual, pois atribuem a esta missa diversas mudanças ocorridas em suas vidas. Urucânia também teve por todos esses anos, exceto em 2012, o Retiro Espiritual de Carnaval, um momento para refletir os acontecimentos da vida terrena. Houve também as Missões Populares com participação de Seminaristas, Irmãs Alcantarinas, leigos e jovens e também a Missão Palavra Viva muito bem aceita pela comunidade.
Quanto aos pequenos, retornou com as coroações com a participação das crianças, homenagem ao Sagrado Coração de Jesus com a participação dos meninos no mês de Junho, celebrando sempre as missas com mais alegria e emoção.

Trabalhou a liturgia com as cores litúrgicas ornando os espaços sagrados, dando assim mais valor e vida. Instituiu os Ministérios dos Coroinhas, o Terço dos homens, o Coral dos homens, das mulheres e o dos jovens, incentivando a participação das pessoas nos trabalhos na Igreja.  Incentivou os Quadros Vivos na cidade e deu continuidade à Festa Junina, valorizando a cultura local.

Considerado um homem polêmico por muitos, mas ao mesmo tempo, realista por outros, utiliza seus momentos de homilia para despertar em todos o verdadeiro sentido da fé e da união para com o próximo. Segundo ele, “o povo urucaniense é um povo rico em dons: poesia, música, arte. É um povo que tem potencialidades, mas precisa utilizar com mais fervor a força que tem.”

Agradeceu aos que confiaram no Ministério Sacerdotal e anunciaram Jesus Cristo, percebendo que este anúncio fez diferença na vida daqueles que acreditaram. Agradeceu também aos que foram solidários ao Santuário e aos religiosos, fazendo da cidade um grande louvor a Deus.
Padre Luizinho se colocou à disposição do Bispo Dom Geraldo no dia 5 de Julho de 2012.

FONTE: VISITE URUCÂNIA
Texto: Rita de Cássia Araújo

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