quinta-feira, 28 de março de 2019

MARIO QUINTANA – CONHEÇA UM POUCO SOBRE O AUTOR


Mario de Miranda Quintana nasceu  no dia 30 de julho de 1906, em Alegrete – Rio Grande do Sul.  

Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1953, Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar 70 anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio, do governo do estado do Rio Grande do Sul. Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal.  Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
Faleceu em 1994 aos 87 anos, em Porto Alegre. Em 2006, no centenário de seu nascimento, várias comemorações foram realizadas no estado do Rio Grande do Sul em sua homenagem.

Algumas obras poéticas
A Rua dos Cataventos - Porto Alegre, Editora do Globo, 1940
Canções - Porto Alegre, Editora do Globo, 1946
Sapato Florido[8] Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
O Aprendiz de Feiticeiro - Porto Alegre, Editora Fronteira, 1950
Espelho Mágico - Porto Alegre, Editora do Globo, 1951

Alguns livros infantis
O Batalhão das Letras - Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
Pé de Pilão - Petrópolis, Editora Vozes, 1968
Lili inventa o Mundo - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983

Academia Brasileira de Letras
Por três vezes Mario Quintana tentou entrar para a Academia Brasileira de Letras. Jamais perdoou os acadêmicos da desfeita. No dia 25 de agosto de 1966, Mario é saudado da sessão da Academia por Augusto Mayer e Manuel Bandeira, que lê um poema de sua autoria. Convidado para se candidatar pela quarta vez, Mário recusou o convite.

Curiosidade
O jornalista gaúcho Juarez Fonseca escreveu o livro Ora Bolas – O humor de Mario Quintana. Este livro contém 130 historinhas  - casos – do Quintana. Na página 23 há o texto “A PLACA” e na 70, “PLAYBOY”. Confira-os a seguir:

A PLACA
Logo depois do almoço, Mario atravessa a Rua Caldas Júnior para ir à redação do Correio do Povo buscar a correspondência e tomar o habitual cafezinho. Distraído, não vê o Chevette que dá marcha a ré para sair do estacionamento, nem é notado pelo motorista.
Socorrido por dois homens, imediatamente é colocado no carro, que segue rápido para o Hospital de Pronto Socorro. Depois de acender um cigarro, segurando a perna que doía e sem perceber que o automóvel que o levava era o mesmo que o atropelara, Mario pergunta ao preocupado condutor:
_Anotaram a placa?
E justifica:
_ É para jogar na loto.
A placa era IQ 1002 , de Caxias do Sul. Mario imaginava combinar esse número com os da data daquele dia, 6 de maio de 1985. Duas horas depois, entrando na ambulância que o levaria para o Hospital da PUC, acende outro cigarro e determina a Elena: 
_ Não te esquece de jogar!

PLAYBOY
O poeta e sua secretária, Mara, caminham pela Avenida Salgado Filho. Ele pára em uma vanca de revistas e compra a Playboy, com uma moça de seios de fora na capa. Sobre a moça, fala-se em Sônia Ba ou Luiza Brunet. Certamente não era Bruna Lombardi. Mario pede a Mara que leve a revista. Ela não gosta, mostra cara de desagrado.
_ O que vão dizer as pessoas?
_Ora, vão dizer que és uma moça muito sabida.

FONTES: 
Ora Bolas – O humor de Mario Quintana – autor: Juarez Fonseca
Wikipedia

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