Nesta quinta – 25/02, por volta as 19:50, a PM foi solicitada para comparecer no Hospital Nossa Senhora das Dores, pois lá estavam diversas pessoas socorrendo um bebê, supostamente vítima de um aborto.
Em contato com a mãe – uma adolescente de 12 anos, esta disse que há algum tempo já estava sentindo cólicas e dores, mas não tinha noção de sua gravidez. De repente, ela entrou em trabalho de parto e expeliu um bebê. Disse ainda que, ao ver a criança saindo do seu corpo, entrou em estado de choque, buscou uma faca na cozinha e deferiu golpes no pescoço do bebê.
Quando ela foi questionada pelos militares, disse de início que a mãe dela não teria participado do fato. A adolescente conta que a mãe, logo que percebeu que ela (adolescente) tinha parido um bebê, entrou e estado de choque e saiu para rua aos gritos.
Os médicos, os enfermeiros e os policiais começaram a conversar e perceberam que tinha algumas contradições a respeito do fato. Os médicos disseram que um parto como este seria impossível ser feito da maneira que a adolescente relatava.
Durante outras perguntas dirigidas à adolescente, esta entrou em contradição, mas reafirmava que a mãe não teria feito qualquer coisa. Sendo novamente questionada, a adolescente, novamente, entrou em contradição, mas reafirma, categoricamente, que sua mãe não tinha feito qualquer coisa.
Após conversarem com a mãe da adolescente (avô do bebê), os militares perceberam que ela também não explicava nada com precisão. Neste momento os policiais foram até o local dos fatos para isolar o espaço e entraram em contato com a perícia.
Após conversas entre médicos, enfermeiros e policiais, todos perceberam que havia várias divergências relatadas por ambas. Os próprios médicos falaram que um parto como esse, considerando condições da gestante e do bebê, seria impossível de ser realizado da maneira como foi dito pela adolescente.
Sendo novamente questionada, a adolescente passou a entrar em contradições, mas reafirmava a todo o tempo que a sua mãe não havia feito qualquer coisa.
Após conversarem com a mãe da adolescente (avó do bebê), os militares perceberam que ela também não conseguia responder diversos questionamentos. Além disso, outra equipe policial deslocou até o local do fato para realizar o isolamento e acionar a perícia. Já no local supracitado depararam com uma outra mulher, de 44 (quarenta e quatro) anos, realizando a limpeza de várias peças de tecido e do próprio espaço do crime. Isso chamou ainda mais a atenção da polícia militar.
Logo depois que várias testemunhas foram ouvidas, os policiais continuaram a conversar com os supostos envolvidos. Estes, segundo a PM, apresentaram diversas contradições: a adolescente confessou que ela e a mãe sabiam da gravidez e que a mãe a ajudou durante o parto. Ela reafirma que, sozinha, deu as facadas no bebê e tentou enforcá-lo com um fio de carregador de celular. Também contou que deixou o recém-nascido cair e bater a cabeça em uma cômoda.
A perícia técnica localizou os instrumentos utilizados no crime: a faca e o fio sujos de sangue. Marcas de sangue também foram encontradas em uma cômoda.
Por fim, os policiais entraram em contato com o pai do recém-nascido, um adolescente de 16 anos. Ele disse que teve um relacionamento com a adolescente em junho de 2020. Após alguns meses soube da gravidez e propôs um aborto. Depois disso, teve pouco contato com a mãe do bebê, pois eles terminaram o namoro.
Assim, diante de todo o cenário, os policiais prenderam em flagrante a avó do bebê, uma terceira envolvida que tentou apagar as provas do crime e apreenderam a adolescente. Os militares também informaram que o adolescente – pai da criança, responderá por Estupro de Vulnerável, pois na época ele teve conjunção carnal com uma adolescente de 11 anos.
Durante a ocorrência os policiais receberam a triste notícia que o bebê não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
FONTE: POLÍCIA MILITAR
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